terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

A idéia e a câmera continuam por aí (ainda bem)...

Aproveitando as regalias que Momo pôde proporcionar assisti, entre outras coisas, Meu Nome Não É Jonny. Estava curiosa. Sou uma eterna entusiasta do cinema brasileiro. Faço questão de ir ao cinema sempre que dá, só para engordar as estatísticas e, de quebra, mostrar pra essas figuras que torcem o nariz, que sexo e palavrão não são as únicas tônicas do cinema canarinho. Depois de todo burburinho assisti Tropa de Elite. Os comentários foram os mais diversos. Unanimidade mesmo foi/é o talento de Wagner Moura. Aliás, Selton Melo também não fica atrás. Os “meninos” são bons mesmo em tudo que se propõem a fazer!

Não vi ainda e tô à caça de O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias. Além da indicação ao Oscar desse ano, tem ainda a ressalva de ter sido o último filme de Paulo Autran. Mas, como sempre, nos tiraram da boca o docinho das premiações internacionais. Como gostinho de vingança, vi em algum lugar que Tropa de Elite foi selecionado para uma mostra competitiva num festival em Berlim. Segundo o diretor, José Padillha, só nos cinemas foram mais de 2 milhões e meio de pessoas assistindo o filme. Se a gente lembrar que o vídeo fez a alegria dos camelôs antes mesmo de chegar às telonas, então...

Não é que não veja os enlatados (sobretudo) americanos. Claro que sim, não sou nenhuma ET! Tem muita coisa boa, é inegável. Mas já passou da hora de parar de diminuir nosso cinema. E não falo com a autoridade de quem entende da produção cinematográfica, mas com a devida justiça de quem simplesmente assiste, se reconhece e curte as histórias. Oxalá chegue o dia que possamos ver premiados, aqui mesmo primeiramente, talentos como Wagner Moura, Lázaro Ramos, Selton Melo, Zezé Motta, Fernanda Montenegro, Marieta Severo, Glória Pires, Andréa Beltrão... É a turma é grande, e a aptidão proporcional!


Imagem: Banco de imagens SXC

Um comentário:

Marcos Venancio disse...

O brasileiro vem superarando o preconceito que sempre teve com seu cinema (vide sucessos como Central do Brasil e outros). Por aqui, antes, só os filmes cabeça, como os de Gláuber, ou as chanchadas, como as de Oscarito, eram os parâmetros do que se convencionou chamar de "filme brasileiro". Tropa de elite e Meu nome não é Johnny são cinema de primeira, bem feito e com o foco no consumidor brasileiro.