quinta-feira, 27 de março de 2008

Meus livros, meu mundo

Mais cedo ouvia uma entrevista do professor Nelson Preto, professor da Faculdade de Educação da Ufba e a psicopedagoga da escola AMA, Ana Lucia. O papo era sobre como conciliar educação e computador. Acabaram, como toda boa entrevista, enveredando por outros campos. Falaram também do papel dos pais e da escola nos dias de hoje, quando os pais não estão presentes, maioria dos casos.

O professor chamava atenção sobre a tentativa de compensação dos pais: por não estarem em casa, devido essa correria cotidiana, tentam fazer a lição com os filhos ou pior, acabam eles mesmos fazendo a lição dos filhos. A idéia é passar mais tempo com os pequenos (ou nem tão pequenos assim!).

Preto alertava ainda que manter um diálogo mínimo com os filhos faz toda diferença e tem influência direta no rendimento escolar. “Levando em consideração todos os dispositivos que temos, por que não entrar no messenger e perguntar como foi a aula, por exemplo? Ainda vai tirar uma onda de descolado”, brincou o educador.

Gabriel mudou de escola, escolhida por ele, diga-se de passagem. Todo dia traz uma novidade e mesmo se ninguém perguntasse – o que não acontece -, ele contaria. Essa semana chegou com uma que ficamos todas maravilhadas: está entrando no universo encantado da leitura. Está começando a juntar as sílabas e formar palavras. Com muito gosto e entusiasmo berrava pelo caminho que a professora tinha dado 10 na nota da leitura e se exibia em alto e bom tom.

Sua mãe também acompanha como pode sua vida escolar, o que não quer dizer que fique desamparado. Todos os tios e tias sempre o incentivaram na leitura, desde muito pequeno. Adorava as figuras e de tanto lermos pra ele os contos, alguns guardava de cor e, por vezes, fingia ler. A ele parece divertido e pra nós, seria estranho outra prática, quer dizer crescemos assim: lendo, desenhando, escrevendo.
Por essas e outras não entendo melhoria de vida sem passar por esse processo. Mesmo correndo o risco de chover no molhado, entendo cada vez mais que educação é base incondicional para uma sociedade que visa o crescimento e prosperidade. Incentivar o aprendizado não é favor, é investimento!

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