quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Em 2009 faça mais (e melhor)!

“Invente, tente, faça um ano diferente...!”. Lembrou dessa, né? Que bom, assim não me sinto sozinha nos meus trinta! Pois é amigos, pensei no que seria legal pra fechar o ano e escrever o post de número cem. E pra quê queimar mais as pestanas? Nada melhor que um texto de reflexão do que foi feito e as expectativas para 2009. Nada original, concordo, mas não dá pra fugir do óbvio sempre.

E olha, não sei quanto a vocês, mas êita ano trabalhoso!! Não é bem uma queixa, afinal, aprendi a gostar do ritmo de vida que adquiri. Muitos lugares (alguns ao mesmo tempo), novas oportunidades, novas amizades – ou outro olhar para as antigas –, contatos que frutificaram em boas amizades! Posso mesmo dizer: teve de tudo!

Mas meu ano não foi só trabalho, assim ninguém agüenta, né não? Poucos amores, mas que deixaram suas marcas – e respectivos lugares – direitinho no coração. Pessoas que serão sempre parte de minha vida, parceiros de momentos maravilhosos, e que, hoje, se tornaram amigos muito queridos.

Me lembro que recusei fazer lista com o que queria para esse ano. Acho até que foi um conselho da Foca. De qualquer maneira, deu pra concretizar muita coisa. Coisas pequenas, mas que hoje dão um ar de organização na minha vidinha. Aprendi a agradecer sempre a cada coisinha dessa conseguida. Na dúvida, as que não que não conseguia, agradecia também.

Consegui por um pouco mais de qualidade no meu tempo: Aprendi a dizer não sem me sentir constrangida, aprendi a dizer não quero, não me interessa. Também entendi que não há nada demais em correr atrás do que se quer, quando realmente se quer. Li e escrevi mais. Passei mais tempo ouvindo Maysa, Trio Irakitan, Roberto e outras valiosas velharias com minha mãe. Brinquei mais, vi desenhos animados e li livros e gibis com Gabriel. Conversei mais com minhas irmãs em casa, estive com irmãs por parte de pai, conheci as pestinhas das minhas sobrinhas.

Já no finalzinho do ano me apaixonei por novos projetos, novos amigos, revi pessoas que não encontrava há anos! Me rendi às facilidades e praticidades do Orkut. Me esbaldei no networking!
Ufa!

Então, o que poderia querer para 2009? Mais de tudo isso, oras! Que venham mais 365 dias pra ter mais um pouco de tudo. Mais 365 oportunidades, no mínimo, pra agradecer a Deus, jah, oxalá, pai, forças, o que seja. Mais chances de pedir desculpas e refazer, se der. Mais vezes pra tentar, se não der, paciência, mas como vai saber?

Amor, trabalho, estudo, dinheiro, crença, opções. Senhoras e senhores, amigos, ao se lançar ou se retrair, saibam, entendam ao menos por que o fazem! Afinal, aí vêem elas: mais 365 oportunidades de viver e sermos felizes!

Vamos aproveitar!
Feliz ano novo, gente!

Vista de Arembepe ao cair da tarde - Guto

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Só para maiores

Há muito elegi o banheiro como lugar para pensar. Nem adianta fazer essa cara porque conheço um monte de gente que compartilha a idéia. É um tempo que você fica meio de bobeira, ali com você mesmo, então o que faz? Pensa, oras! É matemático. Daqueles momentos saem soluções pra coisas que nos perturbaram durante o dia, repensamos decisões que poderíamos fazer diferente. Filosofamos sobre a vida. Sei lá, acho que é porque estamos, quase sempre, relaxados, relaxando ou tentando.

Tomando coragem pra lavar o cabelo – leia-se, pra desembaraçá-lo! – comecei a lembrar meus amores. Os que foram e os atuais. Pensei como é difícil achar amor, papo interessante, companheirismo e tesão num mesmo corpo. Quer dizer, até encontrei, mas quando entendi que tinha conseguido a tal mina de ouro, não soube administrar, era tarde. Acontece.

É bom sentir que a pulsação vai nas alturas ao encontrar uma pessoa, ao simples toque daquelas benditas mãos na cintura. Mas, com o tempo, só isso cansa. É preciso um algo mais pra hora da desaceleração. Na contra mão do pensamento, conversa em demasia também faz uma coisinha ficar dando looping na cabeça: “mas que horas você vai perceber que a gente tem coisas mais interessantes a fazer com a boca?”

Conheci figuras que me deixaram de pernas bambas num simples alô, e que, horas mais tarde, pessoalmente, me tinham nas mãos, completamente trêmula. Outras, no entanto, que passei momentos perfeitos, tocando violão, cantando cantigas que adoro, ouvindo CDs, cozinhando, vendo filmes. Horas incrivel e igualmente excitantes.
Cada um no seu tempo. Talvez a graça seja extrair uma e outra característica, temperar as ocasiões, temperar a relação, entendendo o seu momento e da pessoa ao lado. É gostoso vir dando uns beijos mais quentes no carro, preparando o terreno pra noite – ou pro dia – e ficar relaxadamente deitado depois pensando nas loucuras do caminho.
É igualmente prazeroso um jantarzinho, uma boa seleção musical ou um filme até a hora do cochilo...

E as lembranças...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Saudade

Por tudo que foi e que, ainda hoje, representa em minha vida...
Pela força, carinhos, mimos, afagos, cuidados...
Pela doçura nas palavras, nos gestos...
Pela saudade que sinto nesses vinte e três anos de sua ausência...

Eu no colo de minha avó, Vovó Du, na Cardeal da Silva, onde passei minha infância feliz de menina criada com vó...

domingo, 21 de dezembro de 2008

No alvo

E na semana em que uma sapatada roubou a cena internacional, me coloquei no lugar do colega iraquiano e pensei em quantas pessoas gostaria de atirar uns pisantes. Mas eu queria era acertar! Até que minha lista não ficou muito grande. Mas devo confessar que o quase ex-presidente dos EUA estava incluído nela. Poderia começar por alguns clientes aos quais prestei serviços e ainda não vi a cor do dinheiro. Tem também o dono do mercadinho aqui da esquina que insiste em vender sem emitir nota fiscal ou dar troco de 2, 3 ou quatro centavos. Os caixas sempre arredondam. Compro lá só quando não tenho mais alternativas e quase sempre compro, de quebra – e com o perdão do trocadilho -, uma briga.

Procuraria sapatos especiais para Fernandinho Beiramar. Ele concedeu uma entrevista, de dentro do presídio de segurança máxima, a um repórter da Record. Condenado por homicídios, formação de quadrilha, roubo, tráfico de drogas, tantos delitos nos quais, segundo a reportagem, a pena seria de mais de cem anos de reclusão, Beiramar pensa em estudar direito – ensino a distância – e ainda pediu para o repórter interceder junto ao diretor da penitenciária. Pedia castigos mais brandos. Eu posso?

Os sapatos da formatura, ainda muito especiais, aqueles de salto fino, deixaria reservado àquelas pessoas, falsos colaboradores das campanhas em Santa Catarina, flagrados roubando os donativos enviados. As mãos chegam a tremer. As ações ultrapassam o limite da desonestidade, é uma crueldade. Não é bastante que os desabrigados se vejam subtraídos em sua dignidade?

Ah, também queria acertar aquelas figuras que usam os assentos reservados e, quando sobem os velhinhos ou mulheres grávidas, fingem dormir. Agora ouço o programa do Bello. Aquele mesmo. Cantor, condenado e preso por tráfico de armas. Ganhou um programa de TV num canal local. As atrações são terríveis! Sapatos neles!

Opa! De repente me ocorreu um monte de nomes e personagens. É melhor parar por aqui, afinal, não sou uma centopéia e não tenho tantos sapatos assim!

Corrente da diferença

Assistia TV essa tarde e devo confessar que a programação estava muito boa se levar em consideração que é domingo e que não tenho TV a cabo. É um dia em que normalmente vejo a TV Cultura, a Record News e/ou TV Senado. Tem sido uma grata surpresa, quase sempre. Num dos programas apresentados pela Record, um especial sobre a vida de Nelson Mandela. É fascinante o poder que ele ainda exerce sobre as pessoas não somente da África do Sul, mas de todo o mundo, sobretudo líderes de diversos países.

A maneira como as muitas comunidades africanas o recebiam com suas danças, músicas e gritos. Somente Mandela pra conseguir juntar num mesmo evento os ex-presidentes Fidel e Bill Clinton, este, aliás, muito à vontade. Pensei em como algumas pessoas simplesmente fazem a diferença onde chegam. Suas histórias, mas acima de tudo, seus gestos e ideais. Também na Record News, um dos boletins diários mostrava as pessoas que perderam tudo com as enchentes do estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais estes últimos dias. Moradores dos locais atingidos e brasileiros de outras cidades novamente se juntaram para ajudar. Fizeram a diferença na vida de pessoas que mal conhecem. Em ambos os casos prevaleceu, simplesmente, a possibilidade de melhorar a vida do outro.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Os "inta" e todos os "entas" - sufixos que nos assustam, enlouquecem e nos tornam seres felizes!

No começo dessa semana estive em Arembepe. Guto e eu viramos a madrugada conversando. E ponha papo nisso, afinal são 5 anos pra passar em poucos dias. Repensamos nossas vidas, desde o tempo bom do colégio. Ah, se nossas preocupações permanecessem as mesmas! Estamos satisfeitos com o que nos tornamos. Bom, queremos um pouco mais da vida e acho que não há nada de ruim nisso. Ambos queremos viajar muito ainda, conhecer, saber. Isso nunca é demais, quero dizer, é o tipo de coisa que ninguém leva, ninguém nos tira.

Pois que falamos de mercado de trabalho, viagens, nossas dores de amores, expectativas. Gutinho anda preocupado com a chegada dos trinta enquanto eu curto – e tenho aprendido a fazê-lo cada vez mais – dia após dia dessa fase. É divertido perceber como homens e mulheres encaram de modo diferente as fases da vida. Há divergências também entre os homens, por certo. Guto já esconde, como bom leonino que é, os fios brancos que já não são poucos. Também tenta esconder as temíveis falhas capilares e barriguinha saliente.

Sinceramente acho isso uma grande besteira! E como negar o que nos tornamos como o passar do tempo? Nossa identidade, as marcas do nosso tempo? Vá lá, alguém vai sempre dizer que na pele negra as tais marcas demoram sair, que não ligo porque ainda não tenho tantos cabelos brancos, que sou "magra de rúim", sei lá...

Logicamente também conheço mulheres que tingem os cabelos, põem – ou fariam se pudessem – botox, silicone, o que der e puder. Ainda acredito no poder da malhação, embora não faça nada, por falta de grana ou por pura preguiça!

Acho que todos seríamos mais felizes se simplesmente aprendêssemos a nos cuidar sem exageros, nos gostar como somos e, em vez de ficar procurando cabelo em ovo, aprendêssemos a respirar melhor, deixar de olhar apenas, mas também ver melhor, exercitar mais a paciência e tolerância, dizer não sem se agredir ou culpar, gratificar a alma. Não é fácil, nem instantâneo, mas é o tipo de visão que também se ganha com o tempo, vem na bagagem dos trinta!

Lendo e me divertindo

Para todos os leitores, mas, sobretudo, às leitoras, dêem uma passada no endereço: http://conversademenina.wordpress.com. Duas jornalistas com as quais tive o prazer de dividir o estresse do jornalismo diário durante os três meses em que trabalhei no A Tarde On Line. Andreia e Alane criaram um blog e brincam todo tempo com nosso universo. Penso que estão se divertindo muito, assim como eu quando leio cada post.

Somos estranhamente parecidas. Todas nós. Queremos ter nosso espaço sem deixar de trabalhar, ser independentes, sem, contudo deixar de cuidar de nossa casa, filhos. Se tudo isso vier acompanhado de uma pessoa legal, então.

Sonho? Utopia? Milagre? Nada disso ou tudo isso junto! Assim funciona nosso universo, assim somos nós!

Confiram e divirtam-se!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O que parece ser e o que é, de fato. Sobre Suzana, Fernanda e Marcelo: barrados no baile

Domingo. Sem muitas opções na TV aberta, esperava cair a noite para ver os noticiários. Assistia a matéria sobre a morte do ex marido de Suzana Vieira, atriz, uns 60 e poucos anos. Ele, Marcelo, 38 anos, policial militar expulso da corporação por mau comportamento. Depende químico, viciado em cocaína desde a adolescência, de acordo o depoimento do pai.

Na reportagem, familiares e amigos de Marcelo confirmavam que ele sempre foi muito ambicioso. Morador desde criança de um bairro do subúrbio carioca, teve a vida transformada muito rapidamente depois do casamento com a atriz. Festas na high society carioca, badalações, fotos, viagens internacionais. Em cinco meses de relacionamento juntaram os trapinhos, mas ele vivia à sombra.

Aí começariam os escândalos: Pego com uma garota de programa num motel, teria consumido droga e se recusado a pagar a conta no lugar. Perdoado pela esposa, arrumou uma amante. Fernanda: Universitária, garota rica de Goiás, mais nova. Suzana não o teria desculpado dessa vez.

Ainda sob a luz dos holofotes e páginas de jornais. Marcelo parecia infeliz e testava a capacidade do próprio corpo, sobretudo testava sua resistência à cocaína, de acordo com a psicóloga que o acompanhava também em depoimento ao repórter.

Segundo as imagens da reportagem, no dia do sepultamento somente amigos de infância do bairro pobre e familiares. Nem Suzana, nem Fernanda, nem honras militares.

Há um mês talvez, um canal desses que pega quando quer aqui em casa, anda reprisando o seriado Barrados No Baile. Era uma febre nos anos 90. Assistíamos todos os dias, ainda que não tivéssemos a pretensão de ser um dos personagens. Curioso que já entendíamos a ilusão que costurava os episódios. Não compreendíamos por quê as pessoas insistiam em ser o que não eram.

Para uns a necessidade de se adaptar a uma cidade nova, maior e mais cara. Para outros, a maioria que tinha dinheiro – aliás, leia-se muito dinheiro –, a futilidade, tudo pode ser comprável, negociando-se ou não. Tudo tem um preço!

Hoje, felizmente, assisto à reprise com a cabecinha mais atenta ainda. Fico me perguntando até onde se é capaz de ir em nome da fantasia, do faz-de-conta. Que preço se paga! Por que para alguns é tão complicado subir com as próprias pernas? Por que para alguns é tão fácil se perder no mundo da ilusão?

Olhando para o próprio umbigo

Agora entendo. É quase um vício. Quando se torna militante, quando se compra a briga, é difícil sair. Estive num seminário promovido pelo grupo de resgate cultural ao qual presto assessoria de comunicação vez em quando. Em pauta, os 60 Anos da Declaração dos Direitos Humanos. Tudo mastigado, trazido para as questões cotidianas daquela comunidade. E como isso faz diferença!

Não é somente a paixão que move os palestrantes, os promotores, os que estão por trás da organização dos eventos, enfim. Mas, e principalmente, nos motiva saber que serão eles, integrantes do público alvo, os multiplicadores desse conhecimento. Serão eles a pôr em prática o que viram nas salas, salões, nos slides apresentados.

Pode parecer utópico, mas, cada vez mais percebo que o movimento social é o caminho para a transformação, melhorar o que está aí. E cada vez me envolvo mais, entendo a necessidade, a demanda. Agora planejo um curso rápido e básico de comunicação, sob pretexto de alimentar o blog do grupo, penso em algo que os incentive a escrever, o que os obrigaria a ler mais. Sei que a tarefa não é fácil, mas vamos tentar.

Vamos transformar!

domingo, 7 de dezembro de 2008

É o que me interessa

Curioso como tem sempre uma canção, aquela que traduz fielmente nosso momento... A clareza das letras parece até que o autor nos conhece. A bola da vez é essa de Lenine. Tá, sei que não é novidade aqui, já declarei minha paixão incondicional pelo multiartista pernambucano! Mas esse período é particularmente especial. Também Lenine afirmou, em entrevista, que essa letra representa esse tal olhar atento e especial nessa fase de sua vida. Se o que quer ainda não está claro, o que não quer deve estar ao alcance, sempre. Então, só resta prestar atenção e se não for esse o seu momento meu velho, relaxe, ele chega, pode estar certo...

Daqui desse momento,
do meu olhar pra fora,
o mundo é só miragem...


A sombra do futuro,
a sobra do passado,
a sombra é uma paisagem...

Quem vai virar o jogo
e transformar a perda em nossa recompensa?

Quando eu olhar pro lado
eu quero estar cercado só de quem me interessa...

Às vezes é um instante,
a tarde faz silêncio,
o vento sopra a meu favor...

Às vezes eu pressinto
e é como uma saudade de um tempo que ainda não passou...

Por trás do seu sossêgo,
atraso o meu relógio,
acalmo a minha pressa...

Me dá sua palavra,
sussure em meu ouvido só o que me interessa...

A lógica do vento,
o caos do pensamento,
a paz na solidão...

A órbita do tempo,
a pausa do retrato,
a voz da intuição...

A curva do universo,
a fórmula do acaso,
o alcance da promessa,
o salto do desejo, o agora e o infinito...

Só o que me interessa...!

Lenine





Foto: vista da Cidade Baixa pela varanda de casa

sábado, 6 de dezembro de 2008

Filhos para o mundo

Vivendo a expectativa de uma viagem, um bom período fora cassando trampo, pesquisa e/ou qualquer tipo de novidade, com diversão, é claro. Até me inscrevi em programas de estudo, fiz alguns contatos. A Foca, minha fiel escudeira e incentivadora - não exatamente nessa mesma ordem -, sempre me diz que mochila nas costas é minha cara!

Uma coisa, no entanto, estava me incomodando bastante: ainda não havia conversado com meus pais sobre minhas decisões e ambições. Vai que uma dessas viagens sai e é internacional? Uma coisa é botar umas roupas na bolsa e arriscar em Sampa, isso eles já acostumaram, outra coisa é sair do país. Hoje joguei pros dois. Ficaram apreensivos, mas fazer o quê além de abençoar, apoiar e desejar boa sorte? São mais de trinta aninhos, quase não podem mais dizer o que fazer, oras... Felizmente, não precisei me utilizar desse argumento.

Explicar meus desejos até diminuiu minha ansiedade. Sei que não dando certo, é o lugar que tenho pra regressar, sempre. Mas aquele velho dito popular às vezes cai como luva: “a gente cria filho pro mundo”. Com certeza isso é frase de homem! O velho instinto materno condena com outra frase: “quando você for mãe, você vai me entender!” Jah, isso é quase uma ameaça! Por que elas nos querem tanto tempo sob a asa mesmo?

E como entender a necessidade de voltar, se não saímos?

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

As rosas não falam

Bate outra vez com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão, enfim
Volto ao jardim com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Queixo-me às rosas, que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti, ai
Devias vir para ver os meus olhos tristonhos
E quem sabe sonhavas meus sonhos por fim...

Cartola

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Escolhas

E quem nunca teve de escolher nessa vida?!
Quase sempre é difícil abrir mão de alguma coisa, do que está próximo, do que nos já é conhecido...

No decorrer do caminho nos damos conta que não dá pra ter tudo e, quase sempre, quando optamos por caminhar algumas trilhas, deixamos de andar em outras. Assim também o fazemos nos relacionamentos. O pior: tem sempre alguém machucado, às vezes os dois lados, e isso, infelizmente, é inevitável!

Mas por que será que aprendemos, crescemos com a dor mais facilmente que com o amor, não é verdade? E são essas marcas que nos tornam pessoas mais maduras, quem sabe, mas, com certeza, pessoas melhores para nós mesmos e para os outros.
Uma amiga me disse há alguns dias. Tudo muda, nada permanece estático no lugar, nem pedra, nem raiz. Também elas, se dão a oportunidade de mudar, sem medo, buscando serem mais felizes, quem sabe?!

Justiça cega

Cada vez mais fico impressionada com a justiça brasileira. De como seu símbolo, um ser de olhos vendados, lhe cai como uma luva e dá margem a tentas interpretações que não a original. Fico me questionando se a idéia de tratar a todos igualmente, sem ver quem é, já funcionou em algum momento.

Na mesma semana em que uma amiga teve a audiência que trata a guarda de sua filha adiada mais uma vez, banqueiros e empresários são soltos, depois de comprovadas denúncias de fraude, tentativa de suborno e corrupção. No caso da minha amiga, a juíza alegou que se atrapalhou com o horário da audiência e simplesmente foi embora. Deixou a todos nós lá, aguardando. O processo rola há dois anos. A criatura já nem se aborrece mais com as falhas: a intimação não foi entregue ao pai da criança porque não encontraram o endereço, a intimação não foi entregue porque o oficial ia de ônibus e não tinha dinheiro pra passagem. Sem contar com a advogada dela que ajuda mais a outra parte que ela mesma. Olha, poderia enumerar muitos pontos desse caso específico.

Então penso que as coisas são bem piores porque ela não é a primeira a passar essa situação e, infelizmente, não será a última (muito menos a única!). Temos mais uma rodada essa semana. Não sei se esse já é o desfecho da novela, mas estamos confiantes. E o que mais nos resta a não ser acreditar?