sábado, 21 de março de 2009

Edição especial

Estava viciadamente assistindo os jornais. Normalmente o que se vê aos sábados são matérias “cozidas” da semana como chamamos no jargão. As matérias que sofrem pequenas alterações só pra não ficar muito na cara que já passaram. Às vezes é pra dar continuidade mesmo.

A questão é que vejo todos e praticamente ao mesmo tempo. Vou zapeando aos intervalos e às vezes nem isso. Pra desespero da minha irmã, por exemplo, que não entende minha necessidade de ler versões diferentes de uma mesma notícia.

E tal não foi minha surpresa hoje: tínhamos menos desgraça nos noticiários! Aleluia! Menos sangue, menos da degradante derrota da ética humana! Não, calma aí, não estou sentindo falta, mas precisei montar uma pequena lista do que está posto todo santo dia em pauta!

Das boas matérias e em jornais de diferentes emissoras poderia citar duas. Uma, local, era como o corpo de bombeiros e pesquisadores estão desenvolvendo técnicas para fazer chover na região da Chapada Diamantina. A experiência já foi realizada em São Paulo com sucesso. Estudiosos e soldados estavam preocupados com focos de incêndio, para que não se repita a tragédia do ano passado, na qual boa parte da mata daquele local foi perdida num desastre ecológico sem precedentes. Tentar amenizar os estragos ao menos, se é que é possível!

O outro tema, bastante apropriado para o sábado à noite, foi o número crescente de mulheres que têm se relacionado com rapazes mais jovens. Por vezes muito mais novos que seus filhos caçulas! Pensei: que legal! Não é somente pela oportunidade de um relacionamento (“que seja eterno enquanto dure”, não é mesmo?), mas porque demonstra, a meu ver, nossa capacidade de se abrir para o novo sempre, a qualquer momento ainda que sejam muitas as adversidades.
Profissionalmente falando, já não enfrentei grandes problemas quando disse que queria ser jornalista. Já não passei por transtornos quando quis entrar pras artes gráficas dentro do jornalismo. Faço meu trabalho e faço bem. Sem falsa modéstia! Estudei, me preparei para isso – e ainda o faço – com todo carinho, prazer e responsabilidade. E, hoje, é o suficiente! Quase sempre...


Mas até quando vai durar essa dificuldade de entender que o tempo é o Senhor da Vida? Que nossos fios de cabelos brancos, rugas e todo tipo de sinal do tempo, não são meros sinais do tempo, mas coadjuvantes de nossa segurança: de nos garantirmos ao dizer sim, mas principalmente ao dizer não. O tempo nos dá a exata medida do bom, mas, sobretudo, do ruim.

E para as mulheres que encontraram o amor, o romance ou mesmo um objetivo qualquer na melhor fase da vida – aquela em que se sentem mais seguras e confiantes –, boa sorte. Seja bem vinda a sua vida!

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