sábado, 13 de junho de 2009

Fênix II

Tenho visto um pouco mais de TV e não são jornais. Novelas, seriados e filmes têm me divertido ou feito refletir. Me empolguei com o seriado global Tudo Novo de Novo. Nenhuma cena picante – apesar do horário –, nenhuma super produção hollywoodiana, nenhuma novidade na abordagem, os temas são muito comuns e talvez por isso seja interessante. Um engenheiro e uma arquiteta, divorciados, resolvem tentar um relacionamento. No entanto, eles não estão a sós: dos relacionamentos passados trazem filhos e ex-cônjuges! Sempre um desafio. Nada piegas, é muito bem feito! Vem retratando e relatando toda sexta um recomeço.

A verdade é que retomar não é fácil nem mesmo em novela. É homeopaticamente desafiador. Na trama, o casal tem filhas adolescentes. Ele tem uma garota somente. Ela, um casal. O garoto tem seus 6 anos, acho. Fico pensando que se cada pessoa que assiste se reconhece, é porque somos mesmo iguaizinhos: problemas, sonhos, expectativas frustradas. Novos problemas, novos sonhos, novas expectativas frustradas. Um loop!

Ainda assim, o que nos torna diferentes dos outros seres? A capacidade de pensar e refletir. E tiramos proveito disso a cada vez que decidimos por tudo novo, de novo. Não é uma revolta, embora pareça. É meditar o que somos: indivíduos sempre em busca de um novo e mais interessante emprego, uma nova e mais interessante pesquisa, um novo e mais interessante trabalho, um novo e mais interessante amor. Reinventar.

Um comentário:

Juca Badaró disse...

Amiga... esse é o doce mistério da vida. Reiventar para ser feliz, buscar sempre, nunca desistir ou se arrepender. Quem tem medo de reiventar, de tentar, passa por essa vida apenas, não vive. Saudade de vc...