quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

2010



Definitivamente o natal perdeu seu brilho depois que minha avó faleceu há 24 anos. Foi perto do natal e ainda lembro os detalhes. Não fosse o jantar em casa, no dia 24, com todas nós – quase uma questão de honra para mãe – era somente mais uma data.

Ano novo é diferente. Adoro! As expectativas, as oportunidades, as novidades. Todas as coisas tem aquele cheirinho de “tudo vai dar certo”. Uma voz não sei de onde sempre me diz. Muitas vezes até demoro entender isso ou desacredito. E, no final, acontece.

Esse foi um ano muito bacana em muitos aspectos. Profissional, acadêmico, pessoal. Trabalhei muito mesmo e pude exercitar as várias facetas do jornalismo com variadas áreas: escrevi sobre decoração, moda, tecnologia, cidadania, educação, engajamento social. Finalmente ganhei um dinheirinho, embora não tenha investido em nada. Comprovei que é possível sim trabalhar no que se gosta e ter retorno financeiro. Ah, ainda fiz projetos de pesquisa, entrei nesse seleto mundinho acadêmico. Ingressei no segundo curso de pós graduação e minha turma é inconfundivelmente maravilhosa, formada por tantas – e diferentes – cabeças que enriquecem as aulas de maneira sem igual.

Também montei projetos pessoais com bons parceiros, “de pedra e de cruz”. Alguns ainda não conseguiram sair do papel, outros foram alterados e voltaram às gavetas. Minha rede de contatos sempre aí, firme e forte. Sempre me ajudando. O que seria de mim sem meus amigos, novamente. Foi um ano muito bom. Do jeito que eu gosto: com muito trabalho e um pouco de diversão, porque ninguém é de ferro. Conheci cidades históricas das Minas Gerais. Divisor de águas do meu ponto de vista histórico e social.

Mas, logicamente, nem tudo foi alegria. Também perdi amigos. E mais: mães de amigos que sentia um pouco minhas mães também. E o tempo nos ensina, nos ensinará sempre a superar, por mais reais que pareçam as dificuldades, as tristezas, as dores.

E, para minha surpresa, fechei o ano com o presente de ter encontrado uma pessoa muito especial. Uma relação bacana, madura, inspiradora. Quando não procurava, quando andava assim, digamos, “meio desligada” (ou destreinada, sei lá). Alguém que vai merecer uns textos aqui logo em breve.

Escrevi somente dois pontos como metas para esse ano que acaba e não cumpri. Realizei outras coisas, tão ou mais bacanas quanto. Esse ano resolvi não fazer lista alguma. Quero é viver um dia, outro dia, mais um dia...

Escrevendo minha retrospectiva, mais uma hoje porque na programação das TVs é só o que tem, passou um filme. Com altos e baixos, como tudo na vida. Mas, logo vem aquela sensação gostosa de começar tudo de novo.

E, para vocês amigos, muita saúde, muita paz. O resto a gente pega na unha!

Feliz ano novo!!
Um 2010 assim, pleno do que você quiser....

sábado, 26 de dezembro de 2009

Universo das letrinhas


Uma constatação do tempo. É fato que Gabriel está crescendo. Há uma semana comemoramos sua formatura na alfabetização! Que emocionante! Vídeos, fotos, risadas, momentos de sala de aula. Ele parecia se divertir bastante nas imagens. A verdade é que essa escola que está agora foi escolhida por ele. É como se tudo lá fosse uma grande brincadeira.

Mas essa nova etapa me remete a muito mais coisa: uma fase em que tudo se torna mais interessante pela própria compreensão agora. Tudo é passível de leitura. E assim ele o faz. Lê tudo. Se interessa por tudo. Conseguimos mostrar a ele o prazer da leitura e é gostoso participá-lo nesse mundo.

Penso nas pessoas que não conseguem enxergar isso, até porque não tiveram essa oportunidade mesmo. Penso naquelas privadas de adentrar esse “mundo” por circunstâncias de sobrevivência, por exemplo, tiveram de parar de estudar em função do trabalho!

Ainda que não dê para garantir a leitura de coisas boas somente, seja muito bem vindo a esse universo encantador Biel!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Doação de jornal ajuda na sustentabilidade de projeto de coleta seletiva



Diz-se, no jargão jornalístico, que “as matérias de hoje embrulham o peixe amanhã”. O que você fez com seu jornal de ontem? O que vai fazer quando acabar de ler o jornal de hoje? Pensando nisso é que a Organização Não-Governamental Paciência Viva lançou uma campanha para o descarte consciente do papel-jornal (e também papel-revista). Com o slogan: “Doe seu jornal. Não custa nada, mas vale muito”, uma iniciativa inédita na Bahia, a ONG leva a discussão para dentro das redações dos veículos de comunicação, sobretudo mídia impressa. A campanha integra o Projeto Ação Reciclar e movimenta agora os centros de informação da capital baiana, ressaltando o papel esclarecedor e formador de opinião do jornalista.

“Doe seu jornal” apresenta uma solução para o descarte impróprio do papel-jornal e papel-revista e, consequentemente, agrega valor ao resíduo, viabilizando a pesquisa e produção dos chamados biopotes para o plantio de árvores. Esses utensílios não agridem a natureza, como os plásticos comumente utilizados para o cultivo das sementes. Somente na capital baiana, cerca de 16 mil toneladas de papel-jornal são descartadas mensalmente de maneira imprópria, agredindo o meio ambiente, deixando de gerar renda, reforçando assim as estatísticas da desigualdade social.

A meta é coletar 80 toneladas de papel jornal por mês. A medida visa assegurar não somente a diminuição do impacto ambiental, mas também, a (re)inserção econômica e social dos catadores com a formação de uma Cooperativa de Catadores de Produtos Recicláveis e alcançar a sustentabilidade do Projeto Ação Reciclar.

Além da participação especial do ator Wagner Moura, a campanha conta com a parceria de grandes veículos de comunicação como Grupo A Tarde; Rede Social Bahia; Irdeb; Band Bahia e Band News; Tribuna da Bahia; TV Aratu; Grupo Bahia; Central de Outdoor, e ainda o Instituto Ecodesenvolvimento. Para tanto, estão em funcionamento os postos de coleta em alguns dos grandes centros de convergência na cidade para doação de jornais a exemplo dos Shoppings Piedade e Salvador.

Através de um convênio com o Governo da Bahia, por intermédio da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), o Programa de Educação Ambiental (PEA) da ONG Paciência Viva está presente também nas principais escolas particulares de Salvador, com a realização de diversas atividades lúdicas e pedagógicas. Sartre COC, São Paulo, Anglo Brasileiro, 2 de Julho e Faculdade Ibes/Facsal estão entre as instituições de ensino que já firmaram parceria com a ONG. Esses estabelecimentos, a partir de fevereiro, se tornarão postos de coleta abertos ao público em geral. Jornais e revistas podem ainda ser entregues na sede da Paciência Viva, no Rio Vermelho.

Visite nosso site: http://www.pacienciaviva.org.br/
Participe da campanha!
Colabore doando jornais e revistas.

 
Fonte: release enviado aos meios de comunicação em Salvador

Exercitando a cidadania

Há uma semana um amigo, fazendo uns cálculos com base nos meus nascimento e nome, me disse que sou uma pessoa com muito amor no coração, muito amor pra dividir e por isso minhas atividades estariam sempre ligadas a alguma causa. Na hora até achei graça porque para mim cooperação é algo atávico, que “veio de fábrica”, sabe como é?! Jamais consegui entender as pessoas que não se predispõem a ajudar. É que cada um faz à sua maneira, lógico, mas não fazer sempre me pareceu absurdo. De mais a mais, fui criada com muito amor, muita atenção, seria no mínimo estranho agir de outra forma.

Coisas que Henrique dissera fizeram um sentido que ainda não tinha me dado conta. Olhando o histórico de alguns trabalhos, nos quais me realizei – ainda que não financeiramente, quase sempre – me sinto realmente bem numa atividade que faça diferença na vida de outras pessoas. É bom (com)partilhar, ensinar, colaborar. É bom saber que contribuo para melhorar a vida de alguém, de alguma maneira. Dá uma gostosa sensação de coração aquecido!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Mais um lamentável troféu


Já era quase final dos jogos quando resolvi ver as partidas de futebol do campeonato brasileiro. O Palmeiras, único time para o qual eu torceria, depois de seguir bem todo o Brasileirão viu o título escorrer entre os dedos. Fazer o quê? E pior: nenhum time baiano no páreo, sequer um nordestino pra contar história!

Flamengo levou e se tornou hexacampeão, após 17 anos. Na outra ponta do campeonato, o sofrimento dos times rebaixados. Fanáticos aos prantos. Coritiba, o mais atingido, talvez em função do centenário comemorado ano que vem, tinha alguns dos torcedores mais exaltados. Eles deixaram de lado o entretenimento do futebol e apelaram para violência, invadindo o gramado, agredindo jogadores, árbitros e outros funcionários do estádio. A polícia entra em campo. O que se seguiu foi guerra. Gente ferida, helicóptero no meio do estádio, atendimentos de emergência. Lamentáveis cenas que certamente estarão estampadas nos noticiários internacionais. Nenhum veículo irá perder a oportunidade de exibir como os torcedores se comportam no país que sediará uma copa do mundo em alguns anos.

Definitivamente lamentável!